"(...) até que a morte vos separe. Pode beijar a noiva!"
Foi do que se lembraram quando falei em compromisso, não? Há quem sonhe com o momento do "compromisso-rei", há quem fuja dele. Eu cá prefiro colaborar com quem sonha com ele. Não porque tenha a ambição de casar, mas porque essa pessoa está a revelar que considera o compromisso algo positivo porque, convenhamos, só quando nos comprometemos com algo é que podemos esperar resultados. E um processo de coaching pressupõe que derive exatamente em resultados, sejam quais forem! Fora disso são apenas palavras, desejos para um futuro indeterminado, desabafos ou ideias soltas atiradas para o ar num belo fim de tarde de Verão em que nos sentimos nas nuvens. Quero dedicar esta partilha a uma cliente minha que tem sido um exemplo excepcional do que é estar comprometida e empenhada em transformar a sua vida. Isso acontece desde que compreendeu que é a única pessoa que verdadeiramente cria a sua própria vida e que aquilo que tanto deseja só se concretiza se passar à ação e começar a gerir a sua vida de forma diferente, começando pela forma como vê a realidade e continuando com uma participação ativa em todo o processo. Dentro e fora do gabinete. A minha pergunta para ti é: Queres mesmo algo? Será que queres MESMO? Pega num papel e numa caneta, faz este teste curto e responde clara, assertiva e sucintamente: 1. O que queres, exatamente, em termos de resultados práticos e realistas? 2. Qual é a sensação/emoção que esperas obter dessa concretização? 3. O que achas que isso vai trazer à tua vida de positivo? 4. Qual é a dor de não teres isso na tua vida? E agora... o que te parece? Aquilo em que pensaste é para atacar agora ou sopas? Se for sopas, põe de lado e foca-te noutra coisa. É sinal que não era assim tão importante e, por isso, é preferível dedicares o teu tempo e energia a algo que efetivamente te traga algum tipo de retorno. Se for para atacar agora, então tens mais uma pergunta para responder... Qual é o pequeno passo que podes tomar agora, neste exato momento, e que te colocará no caminho de alcançares o que pretendes? Pode ser "apenas" uma etapa de pesquisa, planeamento, um telefonema...! Porque tudo começa com um pequeno grande passo (de cada vez). Esta semana facilitei um encontro romântico entre o meu carro e o carro de um desconhecido. Coisa recatada, sem dar muito nas vistas, tal como se quer numa uma relação inesperada! Enquanto a minha máquina ficou mais do que pronta para outro beijinho daqueles e sem qualquer registo do acontecido, o seu pontual parceiro romântico ficou algo... marcado por este encontro!
Consegues imaginar a metáfora que se segue, não é...? Como é possível que, de um mesmo evento, as duas entidades participantes o assinalem de forma tão diferente? Se ambos estivemos envolvidos no acontecido, como é possível que a marca resultante não seja idêntica?! A cada interação que temos com alguém, entregamos e recebemos sempre algo, consciente ou inconscientemente. Mas há algo que não controlamos mesmo na totalidade: a forma como é recebido e o impacto que isso provoca no outro. Podemos sempre fazê-lo com alguma intenção em particular, e escolher agir de forma a antecipar e prevenir o impacto do máximo de variáveis possível, mas não somos nós que controlamos a 100% a captação e fiel interpretação da mensagem que transmitimos. Note-se que quando me refiro a mensagem, esta não é só verbal (linguagem) - muitas das vezes é do domínio não verbal (linguagem corporal, expressões faciais e voz). Para cada um, a recepção da mensagem que lhe é entregue está muito dependente da sua percepção da realidade. Mal comparado com um carro, está dependente do material por que é composto e, depois, em maior pormenor, das diversas qualidades e factores inerentes ao material: resistência, espessura, plasticidade, idade, etc. O que são esses factores no caso do ser humano? As suas competências inatas combinadas com o ambiente em que vive(u) e que se traduzem em crenças. Estas crenças enredam-se num sistema de crenças e filtros mentais individual, que constituem a base da interpretação da realidade da perspetiva única de cada um de nós. Exemplo: se eu acredito que todas as pessoas têm uma segunda intenção por detrás de tudo o que fazem, mesmo que alguém tome uma atitude de graça genuína comigo apenas porque lhe apeteceu naquele momento, eu vou interpretar que há uma segunda intenção no seu comportamento e a marca que essa pessoa vai deixar na minha vida é negativa e, pior, de confirmação da minha crença (mesmo não havendo prova concreta disso!). Quando partilho esta minha percepção deste acontecimento com outras pessoas externas ao acontecimento, consegues imaginar a cadeia de percepções distorcidas que se vão criando não só em relação à pessoa em causa, mas à forma como vemos atitudes semelhantes àquela noutras pessoas? Consegues perceber como somos nós que criamos constantemente a nossa realidade todos os dias e o impacto que isso traz nas relações que estabelecemos com todas as pessoas com quem nos cruzamos e até com aquelas com que nem nunca nos chegamos a cruzar fisicamente? Que, quando falamos em criar a nossa própria realidade, estamos, na verdade, a afetar todo o sistema de relações humanas? Somos uma malha perfeita interligada, e tudo o que eu escolho para criar a minha vida vai ter um impacto na vida até de alguém do outro lado do Mundo e, numa perspetiva mais ampla, terá impacto no Mundo em si, como ele é e o descrevemos. Ups, afinal a ação mais pequena reflete-se mesmo no todo. Como posso fazer para que tudo se mantenha o mais simples e fidedigno quanto possível? Comunica! Partilha! Esclarece! Pergunta! Escolhe ir além dos teus filtros mentais que constituem a tua realidade, escolhe conhecer a realidade do outro. Sabendo que todos temos uma intenção positiva por detrás de tudo o que fazemos (sim, todos mesmo!!! Se não acreditas, talvez seja uma boa ideia apostares mais em fazer perguntas!), certamente o resultado desse esclarecimento será... positivo e benéfico! No teu próximo encontro com outra pessoa, vais escolher interpretar dentro do que achas que é real ou vais perguntar e aferir o que realmente aconteceu? Já há algum tempo que estava a aguardar pelo momento certo para escrever sobre a gratidão... É agora!
Neste momento estou a fechar um ciclo de desafios intensivos no meu próprio desenvolvimento pessoal e, claro, a emoção que me tem inundado nos últimos tempos é a gratidão. Não só derivada das experiências que tenho vivido, das pessoas que conheci, dos locais em que tudo aconteceu, mas muito porque fiz por cultivá-la. Espera lá!!! - Como assim...? A gratidão não é uma consequência imediata de algo que nos preenche, como uma manifestação de amor puro? É pois! E nós, como seres humanos inconscientes que somos, temos a possibilidade de revisitar memórias... fechamos os olhos, vemos o que vimos, ouvimos o que ouvimos e sentimos o que sentimos num momento específico de gratidão profunda. Experimenta lá... (sim, eu espero o tempo que precisares, avança!) ... uau! Contrariando o (natural) mau hábito de nos focarmos no que vivemos de negativo, podemos escolher mudar o foco para algo positivo. Qual é o truque? Começa o teu dia com o sentimento de gratidão pelo que tens, és e fazes. Todos - os - dias. Sabendo que energias semelhantes se atraem, podes imaginar tudo de bom que este "pequeno" hábito te pode trazer. Se este não é motivo suficiente, ou caso queiras levar a gratidão para um outro nível, atenta às seguintes palavras: não é possível sentir medo ou raiva ao mesmo tempo que se sente gratidão. Plim! - quase que parece magia. Mantém alguns momentos de gratidão no bolso para, quando o medo ou a raiva estiverem a dirigir a tua central de controlo emocional, lançares o teu ás-de-trunfo e... voilá! O teu Eu (futuro) agradece! Que momentos de gratidão vais escolher para revolucionar o teu dia de hoje para muito melhor? Há quem diga que nós somos as nossas escolhas. Já ponderaste que, a tua escolha, mais do que definir quem és, define quem queres ser? Naturalmente, podes continuar a escolher quem és de momento, e nesse caso o dito faz todo o sentido. Porém, a tua escolha pode refletir quem ambicionas ser e as estratégias que estás a adotar para construir a tua versão melhorada. Como em tudo, existem (pelo menos) dois lados da moeda e tudo o que dizes a ti próprio/a. Tens real noção do quanto as tuas escolhas modelam a tua vida? Vamos a uma experiência: Perdeste o comboio/autocarro/metro ou tiveste um furo no pneu do carro. A revolta é difícil de esconder, mas rapidamente percebes que precisas é de procurar um transporte alternativo ou forma de mudar o pneu. Consegues, com sucesso, apanhar um transporte alternativo e seguir caminho de carro, apesar do atraso. É um facto: tiveste um contratempo, e a consequência disso é chegares mais tarde do que previsto ao teu destino. O que escolhes fazer a seguir? a) Levar essa revolta contigo para o resto do dia, reclamar que a Internet está lenta, desesperar porque o restaurante não tem o prato do dia habitual na tua hora de almoço, terminar o dia em casa de testa franzida e a fazer beicinho, ou... b) Aceitar o que aconteceu, rever o que pretendes que aconteça ao longo do teu dia, atuar como melhor sabes em cada situação em que tenhas a possibilidade de intervir e terminar o dia a sorrir por te teres superado? "Não é bem assim... há coisas que não se controlam e que não posso escolher!" - destacas tu, e com toda a razão. Queres a minha resposta? A verdadeira escolha incide como percepcionas e interpretas o que te acontece e isso é uma escolha TUA! Por isso, da próxima vez que alguma situação ou contexto te causar desconforto, podes apostar que a causa não é externa, mas sim interna. Como escolhes permitir-te sentir assim? Como escolhes sentir-te como te sentes nesse exato momento e perante esse desafio? A pitada de cores que colocas na experiência de viver a vida é uma escolha tua. Escolhes a todo o momento. Uma escolha não é uma limitação, pelo contrário: as escolhas são mutáveis! Tens SEMPRE hipótese de escolha. És consciente das (verdadeiras) escolhas que fazes todos os dias e... elas aproximam-te do que realmente desejas ser, ter e fazer? |