Esta semana foi mais uma amostra, dentro dos múltiplos exemplos, de como o Português tem uma veia solidária forte. Não sei se tal existe por vivermos num país cristão e a caridade ser algo que se apela com frequência, quer se seja praticante ou não, por pressão da sociedade ou não. Mas, a verdade, é que existe.
As redes sociais têm-se revelado o melhor veículo para apelos, partilhas e registar ações solidárias do dia a dia de cada um de nós. É um mostrador excelente, claro, tanto para o bom como para o menos bom. Cabe haver bom senso da parte de cada um para qualificar e permitir o que surge no seu feed de notícias. A intenção, propósito e/ou motivações para a escolha de cada um o fazer é um pouco indiferente, sejam elas altruístas ou egoístas. Porquê? Porque independentemente de quais sejam, a consequência de uma ação solidária é sempre positiva: no mínimo mantém-se a ação em movimento (que é o que é necessário para que qualquer coisa se concretize) e, no máximo, e melhor de tudo, inspiramos outros a participar também. E sabes o que te acontece quando és solidário? O bichinho fica lá! Quem não gosta de repetir algo que nos fez sentir bem? Nós somos seres sociais e, naturalmente, sentimo-nos bem quando ajudamos outros porque estamos a estabelecer uma ligação, acima de tudo, emocional. Apesar de muitas vezes dizermos que as pessoas só pensam nelas próprias, basta apelar à emoção (linguagem universal) e... * puf! * cria-se compaixão, a emoção-base da solidariedade! Lembro-me de uma experiência feita pela National Geographic (Programa "Brain Games", clica aqui para veres a experiência) sobre os efeitos que a compaixão pelo outro podem gerar num sistema. O alcance da mesma é surpreendente e, se os resultados são estes numa simples experiência e com um conjunto de pessoas limitado, imagina a onda gerada num país. Claro, é óbvio, o limite vai além a extensão nacional porque, na verdade, quando o gatilho da compaixão é accionado, não há como pará-lo e o alcance pode ser imprevisível e surpreendentemente ilimitado (principalmente quando vivemos na era da globalidade). Boas notícias, não são?! E tu? Que ação de compaixão tomarás hoje para manter o fluxo de solidariedade em movimento?
0 Comentários
Enviar uma resposta. |